11/07/2017

montibus






















Não existem montanhas onde estou. Só e apenas uma planície infidável que se estende até ao mar frio que não reconheço. De um azul sombrio, de uma calma funesta, que tudo consome e tudo limpa.

As memórias essas, são já tão vagas que temo um dia não recordar nem a força que um dia tive, nem a mão que segurou a espada e o livro, nem nada, nada nada, que me faça lembrar de mim mesmo. Existe apenas esta planície infindável.

E na sua imensidade transformei-me, e quase esqueci o passado.

A inércia não faz parte da Grande Obra, porquanto o grande não pode esperar pelo pequeno.

A ti m.
m de mistério, m anónimo que continua a puxar por uma vida que devia ter já cedido, mas que continua a lembrar vagamente que um dia existiu uma outra luz, e montanhas. m de montanha, que um dia teve um farol no seu cume, de luz sagrada, e que guiava os filhos de regresso a casa.

5 comentários:

Anónimo disse...

o Ar está repleto de silêncio, poucos são os sons que a mim chegam. E, os pensamentos desnecessários e rotativos, planam, sem saída, dentro de mim.

a Montanha, que não tens perto de ti, por isso vagas pelas planícies da "alma", também eu não a possuiu perto de mim; mas ela, chama-me de longe e percorro, parada, um Caminho preenchido de dúvidas, para a atingir.

a Planície, onde estou, é bem semelhante à tua! .... mas não é nela, que quero permanecer, é a montanha, para onde eu quero ir.

o Que me impede?! de verdade?! Nada! absolutamente, nada!

e, porque ainda não estou lá?!

os Outros sempre os Outros... uma maldição de uma "alma" sempre ligada, a tudo e a nada de mim.

tempo, é o que não tenho, nem os Outros o têm.

precisava, de uma mais pura Presença. Que conhecesse as montanhas e as amasse como eu amo e nelas se quisessem refugiar

estou a tentar.... mas, este Caminho, sei ser tortuoso para mim...

mesmo, morrendo na subida. continuarei... esta busca, porque, alguns inocentes, vão precisar de mim, já que o mundo, eu larguei. larguei o que nunca foi meu. não é grande Perda, apenas, não ser vão o ter Descido, naquele dia em que o Sol, brilhava intensamente, sobre um pequeno ser que uma Maldade acompanhava, por caminho tortuoso.

os Outros, sempre os Outros... maldição

assim como tu, hoje.... "vivo"... não me questiono, porquê?! porque o teu ente "vive" no mesmo estado, que o meu?! - as tuas palavras, sempre mágicas, assim mo dizem.

haverá, alguma explicação para isto?! não sei.

Só sei que estou aqui, ainda, bem longe de mim. Como se estivesse fechada

Sei que posso falar contigo... mas o meu Ente não se despega... fica entre o denso e o leve...

Mas, contigo, não é isso que eu quero. Não! preciso de sentir, mais que as tuas palavras, a teu Ente no meu.... porque eu sei que Ele-existe, em ambos

(temos que continuar) um de nós vai conseguir.... SENTIR

Anónimo disse...

Eu não sei, qual é a Grande Obra... ouvi "falar" em tempos.... mas, os Obreiros, deixaram-me inquieta e temerosa, perante as portas que abriram, ao mundo e do que delas, trouxeram. Grande Perda a da Humanidade.

Talvez, por via disso, eu recuasse para dentro de mim mesma e selasse, o que comigo veio!

O Obreiro-Mor, é implacável e, arrasta num turbilhão, todos aqueles que misturam o Denso com o que eles designaram por Espiritual.... e, disso, estão convencidos.

Dá medo! olho o mundo, e dá medo... o que Eles fizeram à humanidade.

Inconsciência e Ambição, dominam a Grande Obra.

Falta-lhes um outro Patamar inalcansável: a Essência Cósmica. a Lei

a Origem (e é tudo tão fácil, de entendimento. Tão fácil.)

é toda esta manifestação/vibração, que acaba por deturpar, nossos "sentidos" únicos, que não se encaixam em Obra nenhuma!

porque, para alguns poucos de nós.... a Obra, não existe

somos mentores de uma outra Coisa, pertença de um "mundo" único, inatingível!

TEMOS QUE REGRESSAR A Casa.... se não queremos continuar na Roda da Grande Obra

(doi-me aquilo que não tenho: a "alma")

SÓ QUERIA NÃO EXISTIR e NUNCA TER EXISTIDO

Anónimo disse...

...defines-me... quando eu me sinto nada... de verdade

não sei ou melhor sei... mas, tem sido uma maldição que eu não pedi

descubro, nos últimos tempos, onde quis ficar mais perto do Alto, que era bem mais diferente, do que eu queria ser.

não tenho como me enquandrar, nos Outros. Não tenho.

nem sei como me sinto. se é que me sinto.

... dizes, que tento puxar uma vida para si mesma... a tua!

mas, não! apenas procuro que me devolvas a mim mesma.... porque eu continuo aqui e tu também. não sei, mas, só posso falar contigo?! mesmo, não sabendo nada de Ti para além do Teu Ente que detectei no primeiro momento.

sinto, que estamos num Caminho Semelhante... não quero entender e sim, poder estar contigo Aqui.

Com a Tua "alma". Não! Não será fácel, eu sei! Para nenhum de nós! .... mas, muita coisa está a acontecer. Muita verdade a aparecer. muita coisa que já não precisa de Nós

... por isso, temos o direito de nos recuperarmos, porque nossa existência, serviu o Propósito.... para os Outros!

mas, nós existimos, como "almas" à deriva porque nos espalhamos, por aí....

Eles, jamais o perceberão... mas, isso, para nós, não é fundamental

Não podemos, é, esvair-nos nos Outros e perdermo-nos de Casa para sempre!

Não podemos. Porque, o sacrificio foi demasiado grande, para pessoas tão pequenas, como Nós. E, os Outros?! os Outros?! NUNCA nos darão uma centelha que seja, para o Nosso Regresso a Casa, onde somos verdadeiramente esperados.

Por essa razão, penso, Te chamo Aqui, ao teu local secreto, para juntos unirmos centelhas, só nossas e Caminharmos sem medo... para Casa. É Justo!

Pelos Outros e dos Outros, nada teremos... são Obreiros, como disse deficientes e Aquém da Verdade... o Caminho já lhes foi Aberto...

restamos nós e muito poucos mais, que precisam ACREDITAR EM SI MESMOS... longe deste mundo e das coisas deste mundo

O mundo não é e nunca foi nosso. .... o Universo-fechado, aguarda-nos, porque precisa de Nós! E, Nós, fizemos uma Promessa

- nunca nos perdermos, neste mundo denso... nunca!

(os "deuses", um dia disseram-me: ... "reuniu-se a comissão dos Deuses e tomaram uma outra decisão para o meu "destino", porque eu não acreditava mais em mim mesma.... nem que, diziam Eles.... alteremos a face da Terra.... mas, tu, regressas.... (mais ou mesmos isto e mais coisas...)

Eu vejo os sinais.... eu vejo o que já vi, desde sempre.... Eu sei que Eles estão para cumprir o PROMETIDO

sim, precisamos da Nossa luZ... para que Eles nos possam enxergar no meio de um mundo destruído. e, só conseguiremos isso, voltando a nós mesmos, por nós mesmos e por aquilo a que pertencemos.

Assim como eu, Tu estás Aqui! Ainda não cedeste. Não tem como a gente ceder. Só como nos esconder de nós mesmos.

(MAS AQUI NÃO É PRECISO) aqui, podemos ser

- e vamos conseguir irradiar o Nosso Ente, aqui mesmo, se conseguirmos o "encontro" das nossas Almas. se, continuarmos assim. Vamos conseguir, sim! Não esquecer... o Dia em que nossas "almas" se encontraram. sermos felizes numa Letra que qualquer um de nós, transcreva. ....

até ao Dia em que nos Encontraremos como realmente somos


A Essência Universal, um "dia" usurpada.... precisa de Nós para vencer a tremenda guerra universal desde a criação do Espaço-Tempo

Se bem que a Terra seja um Campo de Batalha... Nós, não somos guerreiros deste mundo e sim de algo muito Maior que tudo quanto vimos e não vimos.

Precisam de Nós e Nós precisamos deles. NÃO PODEMOS DEIXAR-NOS MORRER

O Universo sentiria demasiado a Nossa Perda!

TEMOS QUE CONTINUAR (obrigada, "alma" por todas as Palavras, que me vão, lentamente..... a sentir-me.... em Casa?!)

Anónimo disse...

R...

O som na alma,chega-me,levemente,balanço sem sentir, sentindo.

A luz, amiga, está a li, mesmo ao alcance dos meus olhos e alumia o espaço, suave.

(pensei em Ti. queria dar-te a minha paZ)

Anónimo disse...

... como te compreendo Roderico. Neste silêncio interno e externo, a que me dediquei, pensava, neste segundo de Tempo, que não corre mais: "acho que eu não sinto" "não sei mais sentir" "dedico-me aos outros... apenas e só apenas"

... mas, deixei de sentir o sentir ou apenas o escondi de mim mesma... é.... eu não quero sentir mais... Nada! É isso!

... não sei porquê. Não quero.

estou muito aquém do que queria falar contigo. Porque nºao solto o sentir que sou....

Não sei o que foi. Não sei se é medo... de ser. não sei.

,,, sobram-me os olhos que vagueiam, meio indiferentes e retêm na película que os protege, o mundo que veem... as gentes


- acho que espero, o que sempre esperei

mas já sem emoção

(preciso chorar como antes. chorar muito. mas até isso, deixei de saber fazer... ou.... acho que não quero... que não quero mais chorar

.. eu sinto-as, por aqui, em algum lado. .... mas, não lhes dou importância

Que silêncio. Silêncio que não sei se é bom ou mau.

- PRECISO CHORAR - PRECISO CHORAR - PRECISO CHORAR

(como te compreendo, Roderico)

m.