15/07/2014

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Sentado sozinho nas fráguas do Zéfiro,
Pedi só um dia sonhar-te,
E em redes infinitas de penumbra e mistério
Enfim ao meu desejo prometeste revelar-te.

Desce suavemente a torra alva
Num turbilhão de cores que só tu conheces,
Revela-me hoje o segredo da estrela d'alba,
Mostra-me em luz o que se espera e o que me acontece.

Faz do sonho lenda, da história virtude
Em salões profundos de memórias esquecidas,
Em sonhos estranhos e visões de tule,
Nevoeiro e vagas de oceano adormecidas.

Sonhos altivos de alquimia,
Desejos secretos da antiga arte,
Hoje sonho só a escrita de um novo dia
E uma luz eterna de aprender e ensinar-te.

       – Hoje, tão longe que sou das fráguas do Zéfiro,
          E do sonho que pedi um dia.

14/07/2014













...e esta ânsia, esta ânsia só, de não saber o que faço, de não me reconhecer, de não ter luz, de não ter sede nem água que beba, e ter só estas palavras perdidas num rascunho de papel, palavras perdidas que nem pelo oiro de mil sóis chegarão um dia aos teus sentidos...