22/06/2014

Perdido, assim, na floresta porque afinal, afinal o caminho deixou de existir há muito e este trilho escuro e gasto que percorria confiante, por me julgar tão seguro dos meus passos — não, talvez apenas por achar que o tinha de trilhar — eis que desaparece, deixando-me assim sozinho com a minha voz, perdido na floresta.
Deixei para trás o passado e o futuro, a espada e o Livro e não vejo agora afinal luz por entre este estranho nevoeiro nesta floresta escura.

Eu já não sou finalmente nada, e tu Efigénia (percebi agora que és tu quem me assombra os sonhos) chegas como uma voz que ora me guia, ora me perde. E quando acordo, continuo perdido na floresta.
Esta floresta escura, vasta e fria, sem fim à vista.

E já nem dos sonhos me recordo, já nem do Livro tenho a memória, já de mim nada reconheço.

3 comentários:

Unknown disse...

voltei


(m)

Anónimo disse...

espelho meu, espelho meu


(m)

Roderico disse...

Obrigado, (M). Obrigado.